Milhares de migrantes venezuelanos na Colômbia, que somariam até 2,8 milhões de pessoas, sofrem com grave precarização do emprego e informalidade: 96% trabalham sem carteira assinada, com baixos salários, jornadas extenuantes, assédio e discriminação. Relatos indicam que muitos são recrutados por gangues criminosas que os traficam para fins laborais ou sexuais, uma situação que também afeta menores. Apenas 469 denúncias trabalhistas foram registradas em seis anos, refletindo a vulnerabilidade, o medo e a falta de canais de denúncia.
O caso de Rafael, vítima de um ataque enquanto trabalhava informalmente em Jamundí, destaca a realidade de precariedade e falta de proteção social: após sua morte, sua família ficou desamparada e sem assistência do Estado. De acordo com o Dane e a R4V, aproximadamente 78% dos contratos são verbais, e 83% dos migrantes vivem em situação de insegurança alimentar. Isso evidencia um ciclo de exploração sustentado pela falta de regularização migratória, baixos salários e acesso limitado à justiça do trabalho.
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