Em 4 de maio de 2025, as autoridades peruanas confirmaram a descoberta dos corpos sem vida de 13 trabalhadores de segurança na província de Pataz, região de La Libertad. Esses trabalhadores foram sequestrados em 26 de abril no vilarejo de Pueblo Nuevo, na região onde opera a mineradora Poderosa. Segundo relatos locais, eles foram executados por “parqueros”, assassinos ligados ao garimpo ilegal. Os corpos, envoltos em sacos azuis, foram encontrados em uma galeria subterrânea e apresentavam sinais de tortura. Parentes das vítimas relataram o desaparecimento em 29 de abril, mas as autoridades inicialmente questionaram a autenticidade do sequestro. A mineradora negou ter qualquer relação direta com os trabalhadores, que supostamente trabalhavam para a empresa de segurança R&R, subcontratada da Poderosa.
Esse trágico evento evidencia a crescente violência em Pataz, região afetada pela expansão do garimpo ilegal e pela presença de grupos armados. Apesar da riqueza mineral da área, as comunidades locais enfrentam condições precárias e uma ausência significativa do Estado. O prefeito de Pataz, Aldo Mariño, descreveu o ouro como uma “maldição” para sua província, destacando a falta de serviços básicos e a insegurança persistente. Em resposta, a presidenta Dina Boluarte anunciou o estabelecimento de uma base militar e a implementação de um toque de recolher noturno, bem como restrições ao transporte de minerais na região.
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