Um projeto de lei apresentado no Senado dos Estados Unidos, chamado “Lei de 2025 para Manter Call Centers nos Estados Unidos”, pretende que as empresas que transferiram essas operações ao exterior as tragam de volta ao país. Entre as medidas estão criar uma lista pública de empregadores que deslocalizem esses serviços, negar-lhes subsídios ou financiamentos federais caso permaneçam no exterior, impor multas e exigir que os call centers relocalizados tenham pelo menos o mesmo número de funcionários de quando estavam fora dos Estados Unidos. Também se propõe que os agentes que atendem telefonemas revelem sua localização física e que os consumidores tenham direito de ser atendidos por alguém localizado nos Estados Unidos, mesmo que tenham sido contatados originalmente do exterior ou por inteligência artificial.
Para a Nicarágua, essa lei pode ter um impacto significativo. Pelo menos 31 empresas terceirizadas operam no país, tendo empregado quase 14.800 pessoas e exportado cerca de 224 milhões de dólares em 2024, principalmente para os Estados Unidos. A remuneração nesses call centers é muito superior aos salários mínimos locais, tornando-os uma das poucas oportunidades de emprego estável para quem fala inglês. Se muitas dessas empresas perderem contratos ou decidirem se mudar devido às novas sanções e restrições, isso poderá significar a perda de milhares de empregos bem remunerados na Nicarágua, com graves consequências econômicas e sociais.
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