A economia popular na Colômbia: exclusão, desafios e a urgência de políticas públicas eficazes – Colômbia

A economia popular na Colômbia, que abrange mais de 55% da população trabalhadora, representa uma forma legítima de produção e resistência a um sistema econômico que historicamente excluiu milhões de trabalhadores. Esse setor, composto por vendedores ambulantes, recicladores, motoentregadores, trabalhadoras domésticas, pequenos comerciantes, pequenos agricultores, artesãos, trabalhadores de plataformas digitais e unidades produtivas familiares, enfrenta precarização, falta de acesso à seguridade social e perseguição estatal, incluindo despejos e confisco de mercadorias. A narrativa institucional tende a criminalizar o trabalho informal, impedindo o acesso aos direitos trabalhistas e perpetuando sua invisibilidade e sua precariedade.

Para enfrentar esses desafios, propomos fortalecer a economia popular por meio de modelos associativos e comunitários que facilitem a autogestão e o acesso aos direitos, superando a ideia de que a única opção é a transição para a formalidade individual. A criação do Conselho Nacional de Economia Popular, em 2023, buscou assessorar e fazer recomendações ao Governo Nacional sobre a formulação de políticas públicas para o fortalecimento desse setor, promovendo espaços de concertação entre os setores público e privado. No entanto, seu sucesso dependerá da vontade política e da eficácia com que essas estratégias estiverem alinhadas às necessidades reais dos trabalhadores da economia popular.

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