Cuidar também é trabalho | Uma reflexão sobre o cuidado como subsistema de proteção social – Guatemala

A autora argumenta que o trabalho de cuidado – tudo o que envolve cuidar de crianças, idosos, pessoas com deficiência ou manter uma casa – permanece, em grande parte, invisível e não remunerado, sobretudo porque recai predominantemente sobre as mulheres. Esse trabalho, embora não seja reconhecido como “formal”, é essencial para o funcionamento das famílias e da sociedade. Na Guatemala, por exemplo, 8 em cada 10 mulheres realizam trabalhos de cuidado não remunerado e dedicam muito mais tempo a essas tarefas do que os homens. Além disso, muitas delas não têm renda própria, e sua segurança econômica depende de terceiros.

Para corrigir essa desigualdade, o ensaio defende a incorporação do cuidado como um subsistema de proteção social, reconhecendo seu valor e garantindo direitos tanto para quem cuida quanto para quem é cuidado. Isso implicaria ampliar serviços públicos com qualidade, melhorar a cobertura geográfica, garantir que o Estado, as famílias, as comunidades e o setor privado compartilhem as responsabilidades e dispor de dados e informações melhores para formular políticas eficazes. Também sugere a integração desse subsistema ao sistema nacional de proteção social da Guatemala para que os serviços e programas não sejam fragmentados, e sim coerentes e sustentáveis ​​ao longo do tempo.

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